terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Ter ou não ter esperança?

Eis a questão. Eu duvido muito da capacidade masculida de apaixonar-se. Não consigo acreditar em um homem que diz não poder pensar em mais ninguém exceto na “amada”. Não em um de verdade. Em contrapartida, as mulheres fazem cada coisa... se desesperam, tomam remédios para dormir, enlouquecem, batem os carros, enchem o cu de cachaça. Tudo por quê? Para suprir um vazio: algumas vezes o sentimental; muitas o físico.

Esse vazio, no entanto, não é deixado pelo “amado” que partiu. Ele é sim moldado pela esperança no amor, que crescemos cultivando e hoje nos abandona em doses homeopáticas.

(pausa para meditação)


Então eu me deparo com a seguinte questão: se não temos mais esperança... de que vivemos? De que vive e do que se alimenta a atual sociedade senão de esperança?

Pois, se ouço todos os dias que o mundo vai esquentar até torrar a todos nós, que podemos morrer, que tudo faz mal...

E se não pudermos mais esperar que nos amem, que façam algo, que hajam, que resolvam seus próprios problemas, que não nos machuquem... E se desconfiarmos de tudo... o que sobra?

Eu não sei...

(you’re lucky lucky...)

2 comentários:

Misantropa disse...

Esperança é uma droga, só atrasa o sofrimento e faz com que ele venha em doses homeopáticas.

Thales Barreto disse...

Acho que ta aí um dos meus problemas... Amo em excesso... Chego a esquecer de mim...
E meus comprimidos me acordam toda a manha para aturar mais um dia sem pensar em estourar meus minholos...
Bjs