domingo, 20 de janeiro de 2008

Coincidências e o destino

Eu acabei de ouvir no Fantástico (que eu assisti por 2 minutos no intrevalo de outra coisa) que um casal na grã-bretanha coseguiu anular o casamento porque eles descobriram ser irmãos gêmeos, separados no nascimento após terem sido gerados por uma mãe que se valeu da lei do parto anônimo.

Segundo o Wikipedia, a Grã-bretanha, fomada por Inglaterra, País de Gales e Escócia, tem cerca de 57 milhões de habitantes espalhados por 229.850 km² de área, o que corresponde a uma densidade de 248 hab/km². Eu sei que moramos todos em Porto Alegre, o único lugar do mund onde não importa onde se vá, sempre se encontra alguém conhecido (exceto pela cidade da Lissi, minha amiga, onde 700 pessoas dividem a mesma cidade... acho que é o único lugar que deve ser pior), mas, convenhamos, encontrar, apaixonar-se e casar com o seu próprio irmão gêmeo desconhecido. Quem explica?

Aí eu tento ser cética. Tava vendo O Sistema hoje, os capítulos que eu perdi, e agora não pude deixar de me sentir a Regina quando vê o Matt e a Trash serem teletransportados para Londres e fica "bicho... bicho... eu sou cética!!!". Não, ok, talvez seja a maior coincidência já registrada na história (exceto pela sincronia do The Dark side of The Moon e do Wizzard of Oz - original de 30 e poucos), mas, vocês já pararam pra pensar que pode não ser?

Eu tava conversando com um amigo dia desses. Nós nascemos no mesmo dia, mesmo hospital, nossas mães eram amigas, estudamos no mesmo colégio, ele namora uma das minhas melhores amigas (e eu nunca tive nada a ver com isso, eles se conheceram sozinhos), cursamos o mesmo curso na mesma faculdade (em turnos diferentes) e vamos nos formar juntos. Ele disse: não pode ser só coincidência. Podem ser os astros, alinhados para que fôssemos geminianos comunicativos, jornalistas os dois. Pode ser que não, mera obra do operador de puppets lá em cima.

E se as pessoas que a gente encontra no caminho sejam mais que obra do total acaso? E se existe mesmo alguém com fios invisíveis nos fazendo fazer as coisas, só para que a gente possa ir de encontro àquele (a) que dividirá conosco alegrias, anústias, tristezas ou simplesmente umas horas de distração? Tipo no Quero Ser John Malkovitch... e se o John Cusak realmente nos controla lá de cima? Ou se há um andar 7 e 1/2 em cada um de nós?!?!?!

Eu não tomei nada, eu juro! Ta, dois dias sem sair de casa e duas garrafas de cooler no jantar podem ter ajudado na minha junção de perspectivas... Mas ninguém pode negar: é uma questão a se refletir.

Aí eu fico imaginando: mas e se algo der errado? E se aquela pessoa pela qual a gente fez tudo o que fez até agora simplesmente trocar de fila, errar a deixa, se distrair, te squecer, nunca te conhecer?!?! Será que ficamos vagando eternamente no vazio existencial da falta de par? Da passagem do tempo? Da perda da deixa?

Eu só sei que tudo isso parece muito estranho. Esse casal britânico me deixou embasbacada.

E também outras coisas, claro... Eu tenho pensado demais. No que fazer, no que pensar, em como afir, no que eu quero, no que eu não quero... Cansa muito.

Todo o mundo vai comemorar o dia em que essa paz se acabar.

Já se acabou.

Ou me mato ou me mudo.

2 comentários:

Thales Barreto disse...

Olhem o poder de dois minutos de Fantástico (com Patrícia Poeta e Zeca Camargo) Na vida do Ser humano. desejo melhoras.... hehehehehe

Amanda disse...

Nossa! Encontrei seu blog no google. Minha curiosidade me levou a procurar: "parto anônimo" gêmeos casal.
Precisava saber mais sobre essa história doida. Li seu texto e gostei.
Se você se sente surtada ao refletir sobre isso, imagina o casal! Vamos levar um pouco mais a sério as novelas mexicanas...

Amanda/RJ