domingo, 6 de janeiro de 2008

Tem alguma coisa me incomodando muito...

E não é nada que me deixe triste. Não é uma pedra no sapato... é mais como um chiclete colado na sola do sapato que não nos impede de andar mas sempre faz questão de nos lembrar que estamos dando um novo passo. Ai, soou piegas, droga. Vou tirar o “novo”, vai soar menos piegas, quer ver?

é mais como um chiclete colado na sola do sapato que não nos impede de andar, mas sempre faz questão de nos lembrar que estamos dando um passo.

Viu?

Talvez eu tenha problemas com a palavra “novo”. Ou com a idéia de “novidade”. Ou com as mudanças que as coisas “novas” acarretam. Talvez não.

Eu vou substituir o “a gente” pelo “eu” hoje. Porque não adianta tentar ser impessoal. Todas as melhores coisas já escritas até hoje eram pessoais... As piores também.

EU passei boa parte da vida (21 anos é tudo o que eu tenho dela até hoje) tentando deixar tudo pronto para uma situação futura. Estudei no primeiro grau para ter um bom segundo. No segundo para passar no vestibular. Na faculdade para ter uma carreira. E trabalhei.

Em algum momento entre os últimos meses eu decidi que não quero mais o futuro. Foda-se o futuro. Foda-se. Eu também não to aqui pregando que se devesse “amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. Ainda não descobri como amar as pessoas. Ainda não descobri como não amar as pessoas.

Voltando. Agora eu cansei. Não quero mais perder o tempo. Não temos todo o tempo do mundo. Não quero dirigir pra poder ler e pensar enquanto me locomovo; quero subir de escada para não esperar elevador; quero todos os meus amigos; quero fechar os olhos dançando até cedinho e depois voar...


Mas de que adianta querer? Querer não é poder. Eu não quero poder. Quem precisa (de) poder? Quem precisa de poder querer? Posso?

Tem aqueles momentos em que EU fico com a cabeça girando, cheia de coisas. E quero quebrar o abajour, como as borboletas na música do Arthur que, num sobro de paixão contida, se soltam e vão voando pela sala. Tem outros que não. Eu prefiro os que sim.

Em geral é bom. Viver, dançar e quebrar o abajour. E não pensar no futuro, e não esperar as coisas. E, com tudo isso, perder dentes.

Fico. Volto. Mudo. Vejo. Ouço. Sinto. Nas horas vagas eu penso em tudo isso.

2 comentários:

Camila Mazzini disse...

quebramos, pensamos, amamos, dançamos, mergulhamos e era isso!

simbora que eu vou contigo!

ricardo_romanoff disse...

longa vida ao blog!
bom 2008 =]